"A Bruxa que Eu Amei" Poção Mágica- Ficção

   "A Bruxa que Eu Amei"
       Boris de Pedra



_ Você tem um baseado? - perguntou Sophia
_ Não - Respondeu, de pronto, Miguel.
_ A gente bem que poderia tomar um vinho, o que você acha?
_Pode ser. - Miguel foi categórico.

Eles já estavam íntimos. Apaixonados. Nem o tempo que ficaram sem se ver, mudou a intensidade da relação deles. Sophia ficou transtornada ,entrou em desespero, literalmente, ela estava gostando dele, muito, havia tentado esconder, fugir, mas sentiu o clamor, se aproximaram, naturalmente, se beijaram, em uma sala escura de cinema, como dois namorados.

A chuva passou, entre as nuvens, foram surgindo raios de sol, que secava a umidade que ainda havia nas folhas da árvores. Uma paisagem bucólica para acalmar o espírito, inquieto, buscando uma nova ilusão para se agarrar, para chamar de fé e acreditar.

 Então, assim do nada, no ritmo do deixar estar para ver como fica, talvez, por medo ou sabe se lá o porque, enfim, Miguel  sumiu. Desapareceu. Não mandou mais notícias. Não escrevia mais poemas de amor. Miguel sumiu, ninguém sabe, ninguém viu.

Um dia o telefone tocou, depois de um tempo, uns três meses, talvez, pode ser. Era Miguel, uma voz, do outro lado da linha, falou. Na hora, Sophia se desmanchou. A raiva, outrora sentida e alimentada em sua mente, simplesmente, se dissipou. Parecia um encantamento, essa sua mudança, repentina de humor.

Miguel comprou uma garrafa de vinho. Foram para um motel. Miguel falou que havia casado com aquela sua ex-namorada por causa do filho que ela esperava. Por outro lado,Sophia, percebeu, que a paternidade lhe fez bem, sentiu-se ainda mais apaixonada.

Eles se beijaram, Sophia se entregou aos carinhos e carícias de Miguel. Seus corpos se abraçaram, grudaram um no outro, por meio da cola da saliva, estavam nús, suados,os seus lábios se acariciavam , um ao outro, em espasmos e gemidos, de prazer, os seus belos seios ,suas curvas, sinuosas, seu quadril,espetacular, as mãos dele passeavam pelo seu corpo, lhe arrancando fortes sensações.


No ato sublime, no altar do império dos sentidos , o ritual, a magia do sexo, o desejo, a celebração da carne,os corpos suados , abraçados, se contorcendo, em carícias, afagos, sussurros. Eles copulavam como dois animais no cio. Parecia uma cena, em VHS, de um filme pornô.

_ Me chama de puta - disse Sophia -  ...me come gostoso..vai!

Entre gemidos e sussurros, rebolando seu corpo de sereia, de odalisca, em forma de violão, envolvido pelo prazer do sexo, se entregando toda ,delirando, com o orgasmo que se anunciava e a fazia, literalmente, levitar.

Sophia encarnava Inanna,a deusa da Suméria, também conhecida como Isthar, na Babilônia, de onde teria nascido Lilith, a primeira mulher de Adão, ocultada pela Biblía, mencionada pela Cabala, assim, com seu comportamento, Sophia, representava a volúpia, a luxúria  o desejo da mulher.


 !!!




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