"A Escrava"


Tzara, casada com Nacyr, mãe de Sharenan, uma das encarnações de Sophia, tinha uma enorme preocupação  com o futuro de sua filha. Uma boa aliança,um bom casamento,queria que sua filha tivesse uma boa vida. 

Ainda jovem, Tzara, foi sequestrada, de sua tribo no deserto, por um sultão, que a fez escrava e uma de suas concubinas em seu harém.

Foi lá, em seu cativeiro, na convivência, como uma refém, uma escrava sexual, com outras mulheres de várias culturas da Asia que teve os primeiros contatos com a feitiçaria.

Por ser a mais jovem, por se sentir  a maior parte do tempo, sozinha, em suas lamentações, tinha alívio em sua alma, apenas quando as mulheres  do harém,se reuniam,de noite, para contar histórias. Quando o sultão viajava pela rota da seda fazendo seus negócios, seu harém, todo, ficava recluso,sem poder ver ninguém.

Por isso,as mais velhas gostavam de contar histórias que passassem medo nas mais novas. Não havia maldade, mas uma forma que elas ,as com mais experiência de vida, encontraram  para se divertir. Com o tempo,essas histórias,ficavam para o final,para que seu desfecho provocasse ideias assustadoras na hora de dormir.

Elas, as mulheres, falavam de coisas que a assustavam, nunca lhe falaram sobre espiritualidade, por isso ficava ainda mais impressionada com aqueles relatos fantásticos  sobre criaturas mágicas, naquela época, quatro séculos antes de Cristo, cada comunidade tinha seu próprio deus, fazendo do seu jeito , coisa comum ao politeísmo, a adoração de vários deuses, daqueles tempos antigos.

Existiam, é verdade, aqueles mais famosos, que sempre eram mencionados,foi a primeira vez que ouvira falar sobre An, deus do céu, Nammu, deusa -mãe, Inanna, deusa do amor e da guerra. Logo,aprendeu que os deuses mandavam em tudo,  na vida das pessoas comuns.

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