"Sobrenatural" - Poção Mágica
"Sobrenatural"
Boris de Pedra

Sophia e Miguel, literalmente, deram asas à
imaginação, embarcaram, juntos no voo, possivelmente, em um tapete mágico, dado
por um djinn, um gênio da Pérsia, como aquele das histórias de Aladim, um ser
sobrenatural, do outro mundo, do mundo
das fadas, dos elfos, dos gnomos, dos seres mágicos, aos nossos olhos, que, por
sua vez, o gênio, encantado com o amor,
que os unia, simplesmente, concebeu a magia, a estrada para que pudessem seguir
o seu caminho em busca de um pote ouro no fim do arco iris.
Sobrevoavam,
em cima do tapete persa, sobre o vasto mundo das Arábias, das Índias,
revestidos de luz na vibração do amor, entre sorrisos e olhares de cumplicidade
e alegria.
Em
harmonia com o vento, que soprava sobre eles, em meio as nuvens, que com eles
dividiam o espaço, no imenso céu azul. Sim, era mesmo o lugar ideal para que
eles, comprometidos no mundo físico, se
encontrassem, no mundo espiritual, onírico; que estivesse, à léguas, longe da
culpa, longe de todo tipo de pecado.
Em
algum altar no Céu, no paraíso. Ou, mesmo, quem sabe, em algum lugar encantado,
no Éden ou em algum cantinho, que seja, dos jardins suspensos da Babilônia.
Onde estivessem ocultos das vicissitudes e circunstâncias de convenções
sociais,que mudam, com o tempo, e que , em outros momentos, em outras gerações,
pelo teor do seu pecado, o desejo,iriam arder,como brasa, nas fogueiras acesas
pela Inquisição na idade das trevas.
Nesse estado de espírito, nessa elevação
espiritual, simbolizada pelo tapete mágico, voaram, em direção, a liberdade,
que tanto sonhavam, para que pudessem se encontrar, pudessem se rever, sem que
ficasse, nenhum, espinho ou obstáculo; nenhum tipo, nenhum mesmo, de sentimento
de culpa.
Livres,
seus espíritos rebeldes, voavam ,entre as nuvens, envolvidos pelas emanações
cósmicas, vibracionais, pelos bons fluídos, trazendo em si, a essência, em sua
comunhão, por meio da paixão, pela
expressão do desejo e pelo amor, levitavam, acima de tudo,de todos e todas as
convenções, em um tapete mágico.
Os
dois, às vezes, conseguiam se comunicar. Não tinham consciência do que estavam
fazendo. Isso era clarividência. Mas desconheciam, esse aspecto, telepata, que
tinham,que suas mentes sensitivas possuíam.
Mas,
no entanto,apesar do ceticismo, sempre se flagravam, assim do nada, cada um na
sua, literalmente,em seu canto,com seus botões,suas obrigações, em sua
intimidade. Ao deitar, fechar os olhos e dormir. Adentrar no mundo do
subconsciente,do sonho,e lá dentro dele, encontrar aquele que representa o seu
amor.
!!!
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