"A Busca Espiritual"

 "A Busca Espiritual"
  Teclando com um Anjo no Facebook

Miguel se envolveu, particularmente com o universo dos anjos, não por sua vontade, sim, em um primeiro momento, sua curiosidade esotérica, levou seu interesse para esse lado, assim como para outros caminhos do ocultismo; Miguel, era um jovem, buscava conhecimento, por meio dos livros; em um primeiro momento, pela ficção, em seguida, por meio da poesia subjetiva, de Fenando Pessoa, passou a buscar um significado espiritual por trás das palavras, que lia nos livros.

Todo aquele universo o fascinava. A busca de si mesmo. Isso se aliava ao seu gosto pela leitura. Era como se estivesse assistindo televisão, passava horas, entretido, com os pensamentos, que lhe ocorriam, por causa da leitura.

Sabia, que assim, concentrando-se nas palavras, conseguia, de alguma forma, sair de dentro, do plano em que vivemos, e , por instantes, os momentos que somos envolvidos, estarmos vivenciando um plano astral, uma peculiar, e pequena evidência, que existe , mesmo, uma ponte, que liga dois mundos, esse em que vivemos e o, desconhecido,  mundo invisível.

Então, durante sua peregrinação involuntária, Miguel, após se afastar de Sophia, ter se casado, com a mãe de seu filho, ter se separado, perdido a estabilidade financeira, se entregando a bebedeira. E, foi, em uma dessas noites, em que tinha o hábito de encher a cara, hábito recente que tomou conta do espaço, em seu coração, que dedicava ao mistério e o oculto, buscando uma compreensão do universo.

Uma época em que dispensou seus sonhos, abandonou sua fé e passou a viver , nas armadilhas do ego, em um pequeno mundo burguês.

Envolto nessa nostalgia, sua energia vibratória se voltou para seus anos de infância, uma época que lhe trazia, a impressão, de conforto, um porto seguro para atracar sua alma atormentada.

Foi assim, em uma noite de bebedeira, meio tonto, com esse anseio, dessa infância perdida na memória, que veio a encontrar, isso tudo, essa expectativa, em relação a sua infância, materializada, na pessoa, de um velho conhecido seu, Eduardo Camaro.

O seu velho amigo de infância, Eduardo, lhe traz essa refrescante brisa, vinda do passado, a pausa para o lanche da manhã, quando a mamãe lhe preparava o copo de toddy,o achocolatado, com um pedaço de pão com manteiga.

Isso lhe trazia paz de espírito. Mas , ao mesmo tempo, lhe baixava a guarda , em relação, à investidas do amigo.

Na verdade, o amigo, em questão, um personagem boêmio, um homem de meia idade, desiludido, solteirão, não acreditava em laços familiares, um velho, cansado, que buscava , na bebida, seu consolo.

Assim como, buscava, nos livros, o conhecimento, a busca em ser um bom profissional, isso; moralmente, lhe absolvia do seu vício, essa era sua ilusão.Era, na sua psicologia,  uma certa forma, uma vibração, um estado de espírito que contagiou o ânimo de Miguel, um tanto  volúvel e influenciável, devido a sua sensibilidade e pureza, que às vezes, lhe servia de algoz.

Algumas pessoas tinham Eduardo como um charlatão.


O que ocorria, era que , sua atuação, o colocava em evidência, como se fosse uma autoridade, um embaixador do mundo espiritual na terra. Com Miguel, Eduardo se abria, eram íntimos, e devido estas circunstâncias, foi o amigo que lhe conseguiu um emprego, uma forma de ganhar alguns trocados, para que escrevesse sobre anjos.


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